quarta-feira, 2 de março de 2016

Paolo Guerrero: Acabou o Caô ou Tá de Caô?

Saudações Rubro-Negras!

Neste inicio de temporada tenho ouvido inúmeras críticas a diversos jogadores de nosso plantel, todos oriundos da temporada passada que já contavam com a implicância antecipada do torcedor do Maior do Mundo pelo pífio futebol apresentado em 2015.

Apesar de achar que é inicio de trabalho, que muita coisa mudou no elenco, na comissão técnica etc. etc. etc., confesso que faço coro com diversas das cobranças em que a torcida do Mais Querido pede ao Muricy.

Quem acompanha o blog (quem não acompanha ainda basta ler as postagens anteriores), sabe que Márcio Caramujo e Wallace já deram o que tinham que dar para mim, e que defendo a entrada do Cuéllar (Graças a Deus já entrou, e muito bem por sinal) e César Martins (até que venha um zagueiro classe A, que eu acho que não vem mais, pelo menos por hora) em seus lugares. E isso se justifica, são jogadores medianos (o MA é ruim mesmo) e estão/estavam com suas vagas garantidas por liderança ou por dedicação extrema.

Mas as críticas que tenho lido e ouvido ao Guerrero são até de mal gosto. Eu entendo que nem todos os torcedores analisam por uma ótica racional, se deixando levar basicamente pela emoção e empolgação de momento, mas ainda assim, criticar o Guerrero no aspecto técnico não se justifica.

Concordo que o peruano tem estado em com os nervos a flor da pele dentro de campo e precisa se controlar mais (ainda que eu também veja uma perseguição em campo em cima dele e os juízes fazendo vista grossa para os excessos), não pode um atacante do nível dele tomar tantos cartões.

Mas de forma alguma posso concordar com quem reclama que ele está fazendo poucos gols. Mesmo na temporada passada, a bola não chegava e quando chagava estava totalmente quadrada. Não tínhamos meio de campo e a culpa disso não era dele.

Outro detalhe é que o Guerrero não é um camisa 9 tradicional e de muitos gols. Não é, não foi, e não será, simplesmente por característica. Ele é um cara que chama jogo, dá passes, arma jogadas, trabalha de pivô e, acredite, não tem o egoísmo de 99% dos centroavantes de pegou na bola chapoleta ela no gol.

O que não significa que não seja um cara diferenciado e que faz todo diferença no ataque do Flamengo. Ele, desde de 2009 (seis meses do Adriano), é o primeiro 9 descente que temos no elenco e tá de sacanagem comigo quem falar em Obina e Hernane. Hoje não cabe mais no Flamengo caneleiro que empurra a bola pro gol pura e simplesmente. Precisamos de caras técnicos que leiam o jogo e saibam além de fazer gols, criá-los quando estiver bem marcado.

Respeito a opinião de todos os Rubro-Negros, mas esses mesmo que criticam tanto o peruano vão sentir muita saudade dele se ele partir na janela de transferência do meio do ano (o que é provável pela bagatela que vira sua multa rescisória, 6 milhões de dólares, algo em torno de 23 milhões de reais na cotação do dólar de hoje). Kayke é bom jogador, mas não tem os recursos do Guerrero (acho que a diretoria não liberou o empréstimo por medo de não contar com nosso camisa 9 a partir do meio do ano) e Vizeu ainda está muito crú para elite do nosso futebol, tem muito futuro, mas ainda é cedo para ele, precisa maturar para se tornar um matador ao nível da 9 do Mengão.

Espero estar errado, mas não acredito nas minhas esperanças...

Saudações Rubro-Negras!

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